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Ensina-me a comer sozinho

Existe diferentes técnicas para ajudar a criança comer sozinha.


Uma delas é o BLW (babyledweaning) que consiste em oferecer às crianças a comida com cortes específicos que promovem a autonomia da criança ao segurar os alimentos e leva-los a sua boca por si enquanto evitam engasgos. A Maria Fernandez da @babyledweaning.pt tem uma página muito interessante na qual dá imensas dicas. Para mais detalhes, também tem cursos.


Na introdução alimentar dita "tradicional", os alimentos são todos triturados e a introdução de alimentos em estado sólido faz-se por partes. Como se encontram em estado liquido, a criança não consegue leva-los à boca sozinha e vai necessitar da nossa ajuda.


Em ambos os casos, numa fase inicial, coma antes ou depois da refeição do seu filho de maneira a estar inteiramente disponível durante a refeição dele.


Comece por colocar um bocado da comida na colher da criança e ajuda-a a levar a colher a boca. Ofereça à criança uma segunda colher que ela poderá manipular, familiarizar-se ao seu peso, textura, etc... para daqui a nada já a estar a usar sozinha. Tudo é uma questão de paciência e liberdade de repetição.


Lembre-se, dos 0 aos 6 anos, o cérebro da criança é uma autêntica esponja, que absorve todo o seu ambiente quer seja bom ou mau, pelo que atenha atenção ao que faz à sua frente.


Tente evitar:

- Comer de pé ao lado da criança pois depois será complicado explicar que tem de se manter sentada enquanto come (não funciona nem nunca deveria funcionar o provérbio: "faz o que te digo, não faças o que faço");

- Tenha atenção como usa os utensílios: a faca serve para cortar os alimentos, não leve a faca à boca;

- Na mesma óptica, estamos a querer ensinar aos nossos filhos a usarem os talheres, pelo que se bebericar a sua sopa directamente da tigela, fica complicado explicar a necessidade de usar a colher :-)

- Não se coloca os pés em cima da mesa;

- Não saia da mesa enquanto todos não tiverem acabado;

- Não beba directamente pela garrafa pois estamos a querer ensinar a criança a beber sozinha pelo copo :-)


O mesmo aplica-se para ensinar a criança a beber sozinha.


A OMS recomenda a amamentação exclusiva até aos 6 meses, mas tal como nome indica, é apenas uma recomendação pelo que tudo vai depender da sua escolha e do que achar melhor para o seu filho. A introdução da agua também vai depender do clima do pais onde residem.


Existem no mercado uns copos adaptados às idades das crianças que são muito práticos:

- Não entornam,

- Não partem,

- A criança segura bem o copo: excepto que a pega para depois segurar o copo normal não é a mesa.


Realmente tem um lado muito prático para nós adultos só que não contém o controle do erro que um pequeno copo de vidro oferece à criança.


A criança não aprende a não encher muito o copo caso contrário o liquido entorna, a criança não aprende a manusear com cuidado o copo pois senão pode partir, a criança não aprende a segurar com ambas as mãos em formato de C o copo.


Fora o que falamos, o facto de usar um pequeno copo transparente permite a criança associar o que vê ao que está a beber mas também permite à criança, a determinada altura, a autonomia de aprender a servir-se sozinha. Cá em casa, reaproveitamos os potes de iogurte de vidro da Danone que são um máximo.


Pode começar por oferecer água por uma colher se preferir, introduzir uma palhinha reutilizável em venda na @papayakids que irá suscitar imenso interesse pois ser algo novo e graças as quais novas habilidades serão desenvolvidas e depois directamente o copo. Tudo vai mesmo depender da sua criança. Tudo é feita ao ritmo dela.


Quando as crianças são mais crescidas, aproveitem, se tiverem a possibilidade, dos grandes momentos de partilha que são as refeições em família. Ainda por cima, num mundo actual, onde a maior parte das pessoas apenas partilha uma ou duas refeições juntos por dia.


Caso os horários não lhes permitam jantar juntos, tentem encontrar um meio termo do género a sobremesa da criança é tomada na mesa familiar.


Opte por cadeiras evolutivas que permitem a autonomia da criança em subir e descer da mesa em vez de cadeiras de refeição que condicionam o seu uso à presença de um adulto para coloca-la lá e tira-la.









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